A Grande Fraternidade Branca
- Ruan Fernandes da Silva
- 18 de abr.
- 10 min de leitura
Atualizado: 19 de abr.
A Grande Fraternidade Branca
“A Hierarquia se estende, portanto, em uma longa cadeia ininterrupta daqueles que compartilham a consciência criativa do próprio Deus até aqueles humildes ajudantes que estão começando a sentir quase inconscientemente a atração divina da alma dentro deles. 'A Hierarquia não existe 'nas nuvens', mas aqui em nosso meio, trabalhando nos bastidores em todos os continentes, em todos os países; trabalhando sob o disfarce de nossos próprios amigos e camaradas, ou como aquelas pessoas a quem nos sentimos violentamente antagônicos — ou trabalhando em formas etéricas ou invisíveis ao nosso redor, ou dentro de nós, inspirando telepaticamente nossas mentes. A Hierarquia tem seu lar aqui na Terra, isolada e protegida das atividades barulhentas do homem, ‘além do Himalaia’. ‘Este centro divino é conhecido pelo nome de Shamballa, um nome sagrado de um lugar sagrado para o qual todos os estudantes sinceros e seguidores da Sabedoria Eterna elevam seus corações e suas aspirações sempre."[1]
No livro “A Caminho da Luz”, pelo espírito Emmanuel e psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, em seu capítulo um, “A Gênese planetária – a comunidade dos espíritos puros”, é mencionado que:
“Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos do nosso Sistema, existe uma comunidade de espíritos puros e eleitos pelo Senhor Supremo do Universo em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias” (1996, p.17).
Ao ler essas palavras de Emmanuel muitos sentimentos podem ocorrer em cada um de nós. É natural pensar que o universo possui uma complexidade de forças e leis que muitas vezes nos leva mais a admirá-lo do que entendê-lo. Contudo, após uma boa dose de fé em nossos pensamentos buscamos em nosso íntimo a metafísica compreensão de que para existir algo foi necessário um Agente do Ato. Sendo Deus o Agente Criador e não obra do acaso, não haveria sentido no Caos, mas sim na Ordem.
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Por este raciocínio, podemos, agora, entender, que tais palavras de Emmanuel, demonstram, por sua vez, que em cada um dos recantos de sistemas solares nas galáxias do universo possuiria Ordem ao invés do Caos. Tal predomínio é, possível, por esforço e trabalho contínuo de comunidades de seres espirituais que não moldam realidades ao bel prazer ou criam ilusões de metaversos fantasiosos. Muito pelo contrário. Angélicos e perfeitos levam as matrizes divinas do amor universal a todas as instâncias cósmicas com sabedoria. Emmanuel, menciona que: “[...] nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos. A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.” (1995, p.18).
Sanata Kumara, O Senhor da Luz, chega ao Planeta Terra e estabelece a Grande Fraternidade Branca
Na segunda presença da Comunidade de Seres Iluminados, após a primeira, onde ouve a formação do planeta Terra, e que foi descrito, segundo Emmanuel, como um evento de magnífica beleza cósmica. Agora, se inicia, no segundo momento, a chegada da Luz de um dos Logos Galácticos, Sanata Kumara, Maha Guru Chohan, Senhor dos Senhores das Chamas, conhecido na Bíblia, ao ser visto nos céus pelo profeta Daniel, como “O Ancião dos Dias” e por ter anunciado, ao mesmo profeta Daniel, a profecia da vinda de uma de suas presenças no mundo, como o “Filho do Homem” e que se realizou nas gerações futuras, no verbo encarnado, Yeshua, o Cristo.
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Toda a humanidade deve ser grata em eterno louvor a este Grande Senhor e Mestre da Luz, pois sua atitude plena do mais elevado altruísmo e abnegação nos abençoou e continua abençoando por Eras com sua Luz e Sabedoria nos mais elevados graus da simplicidade e humildade.
Há pouco mais de 16 milhões de anos, Sanata Kumara reúne-se em assembleia de irmãos e irmãs da Luz em Vênus e comunica a todos o compromisso de fomentar a Luz Divina na Terra. O primeiro passo seria preparar o estabelecimento de um marco da Luz no mundo físico da Terra, que na ocasião encontrava-se em trevas.
Assim, a cidade Luz de Shamballa foi construída no plano físico por meio de muitos esforços ao longo de 900 anos. O local escolhido foi uma ilha no Mar de Gobi, hoje a região é um deserto, o Deserto de Gobi[2].
O segundo passo, na medida em que a Morada do Senhor do Mundo foi erguida, seria a preparação para receber a energia e o próprio Senhor da Luz na Terra. Nas palavras dos Mestres Anciãos, pela psicografia de Vicente Beltrán Anglada, no livro “Os mistérios de Shamballa” narra-se que:
“Quando a HORA CELESTE soou, o gigantesco mecanismo pôs-se em movimento. As estrelas indicaram a partida dos Deuses e dos Senhores da Chama com Seus correspondentes equipamentos (técnicos) e, de acordo com a Lei, constituíram uma ESFERA DE FOGO de radiação incalculável e lançaram-se celeremente à grande aventura cósmica que se iniciava nas mais elevadas alturas do sistema e devia culminar naquele Pequeno lugar da Terra, que era a ILHA BRANCA flutuando mansamente sobre o mar de GOBI".
Na medida em que a Esfera de Fogo se deslocava a missão do Projeto Terra se iniciava e os esplendentes Senhores da Chama, gradualmente, iam despojando-se dos atributos físicos do planeta Vênus e assimilando e gerando os atributos correspondentes e necessários ao planeta Terra.
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Na chegada, ao nosso planeta, o Senhor da Luz, no primeiro contato, ao pisar em Shamballah, envolve e sustenta, todo o orbe planetário, em sua própria Luz. Nas palavras dos Mestres Anciãos: “Com sua Sabedoria preparou Iluminados para a recuperação da Terra. Ele formou uma Irmandade de Iluminados com o nome de Grande Fraternidade Branca (a cor branca é a síntese de todas as cores e, usada no sentido filosófico, representa o ideal de aceitação e união de todos os povos para trabalhar pela causa evolutiva planetária).”
A energia cósmica do Senhor da Luz fez vibrar, pela primeira vez, no planeta Terra, a Chama Trina, uma força vibracional do centro da galáxia e que representa a força em ação vibrada a partir da fonte do Poder, Sabedoria e Amor divino.
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A Canção Eterna vibrada com a mais pura sinfonia do espectro da Luz e impressa, naquele momento, em Gaia. O passo para a salvação da humanidade na Terra se iniciava envolto na magnânima Luz do Esplendor. Difícil é, a tarefa, de descrever tamanha Luz, mas os Mestres Anciãos compartilharam algumas palavras dizendo que:
“As flores, as árvores e o Elementais ganharam novo ânimo e no coração da humanidade, presente nos planos astrais e físicos, brilhou uma nova esperança. A Terra voltou a brilhar.”
O brilho emanado da Terra, envolvida pela Luz do Esplendor tornou Shamballah o maior foco de Luz. Segundo os Mestres Anciãos, esse centro de Luz:
“[...] mantém o equilíbrio energético, tanto para receber quanto para distribuir ao Planeta: recebe energia de centros energéticos Solares e extra-solares, como de Vênus, do grande Sol Central, da Constelação de Ursa Maior e de outros Centros Cósmicos; é o centro de irradiação da vida planetária, focalizando Vontade, Sabedoria e Amor, que guiam a humanidade para a Ascensão. Atualmente, Shamballah, encontra-se no Plano Etérico, com as mesmas características que possuía no plano material, porém mais sutil e mais iluminada.”
Portanto, a partir da Luz do Esplendor centralizada no orbe planetário, na Cidade Luz de Shamaballah, no plano físico, o Projeto Terra se consolida. O princípio, em todos os mundos, pelas mãos do Senhor da Luz, começa, sempre, por uma “Shamballah”, um lugar que emana o Plano da Luz da superfície para todas as dimensões do respectivo planeta. O processo evolutivo, acompanhado pela Assembleia Fraterna da Luz Cósmica, começa a evolução do mundo pela Luz dos Mundos, nas palavras dos Mestres Anciãos:
“[...] na medida em que este evolui, vai alimentando os mundos internos, que por sua vez preparam os seres-despersonalizados para os mundos subterrâneos [cidades intraterrenas de dimensões físicas diferentes da superfície do planeta]. mas, para que a superfície aumente os mundos internos é preciso que o ser humanizado, ao se transferir, esteja plenamente consciente do seu quarto aspecto [quarta dimensão]. atualmente, o planeta terra possui dezenas de mundos internos e mundos subterrâneos, com milhões de seres humanizados.”
Em face do Amor e do Bem como Lei de todo o universo passaram todas as hecatombes e catástrofes, mas o Senhor da Luz, não passará. Nas palavras de Emmanuel:
“[...] na caminhada dolorosa das raças, objetivando a dilaceração de todas as fronteiras para o amplexo universal. Ele é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. Todas as coisas humanas passaram, todas as coisas humanas se modificarão. Ele, porém, é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.” (1996, p.16). Nas palavras do Senhor da Luz, em sua vinda como Yeshua, o Cristo:
QUAL O OBJETIVO DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA?
A Grande Fraternidade Branca representa a consciência planetária em contínuo movimento de evolução e consciência individual e social na direção da sua Unidade, na perpétua Vida do Todo. Para que, gradualmente, alcance a iluminação em harmonia com o Todo cósmico.
Da Ordem da hierarquia cósmica das comunidades angélicas e puras, gradualmente, em cada sistema solar e em cada mundo, se estabelecem as organizações fraternas da luz para auxiliarem os sistemas e mundos em seus objetivos primordiais, dentre esses objetivos, o mais complexo e abrangente é o processo evolutivo dos sistemas, mundos e suas respectivas naturezas plurais de seres e dimensões.
Desde o momento em que a Grande Fraternidade Branca foi criada por Sanata Kumara, a sua atividade se manifestou e continuamente se manifesta representando a comunhão da Fraternidade Cósmica do TODO para o TUDO. Significa dizer que não há múltiplas fraternidade no cosmos, mas apenas uma expandindo-se por todo o cosmos, isto é, a Fraternidade Cósmica.
Deus, o Absoluto, como causa primeira de todas as coisas, é, em verdade, desde o princípio, uma Comunhão Fraterna e Cósmica de Irmãos e Irmãs na Luz. O que compreendemos, neste universo e em cada uma das suas colossais formações galácticas como sendo “Primeira manifestação da VIDA”, foi e sempre será, em cada novo nascimento, a presença constante da ASSEMBLÉIA FRATERNA DA LUZ. Para cada começo da vida, em toda a sua pluralidade de matéria e em cada dimensão planetária.
A ação da Assembleia Fraterna da Luz é necessária desde a formação dos corpos celestes como nebulosas e demais estruturas do cosmos. Assim, como, também, na dinamização interna do Plano Evolutivo dos reinos da natureza e em cada orbe planetário. Tal, como, na Terra, se compreende pelos três reinos da sua natureza: o mineral, o vegetal e o animal.
Elena Petrovna Blavátskaya
Na terra, pelos conhecimentos da incansável e extraordinária médium, Helena Petrovna Blavatsky, no livro “A Doutrina Secreta” conhecemos a história, os conhecimentos e mistérios, da Loja Branca[3], pela primeira vez. Os conhecimentos não foram profundos e amplos, mas o suficiente para despertar, nas gerações futuras de médiuns da Escola Teosófica, os estudos sobre o tema. Atualmente é reconhecida como a comunidade de espíritos de luz fraterna “Grande Fraternidade Branca”. Espíritos comprometidos há tempos em auxiliar e seguir as matrizes divinas da hierarquia cósmica “A Grande Fraternidade Branca Universal”, a Assembleia Fraterna da Luz em todo o cosmos.
Assim, o sublime trabalho da Grande Fraternidade Branca, em nosso sistema solar, manifesta-se por meio das matrizes, diretrizes e caminhos das forças e leis universais advindas da Fonte do poder de Deus, a Assembleia Fraterna da Luz no cosmos. A sua finalidade é a VIDA na sua perpétua manifestação.
Em nossos próximos artigos sobre a Grande Fraternidade de Mestres da Luz, nós falaremos sobre o Grande Símbolo da Fraternidade, a Chama Trina. E em artigos futuros, ainda teremos: os Mestres das Chamas Sagradas, bem como seus respectivos ensinamentos e Santuários.
Que o Amor floresça em cada centelha de vida.
Que a Paz governe o mundo.
Que as consciências despertas criem e renovem-se na fraternidade universal.
Que a Luz, do Senhor da Luz, brilhe intensamente em todo o mundo em todas as suas dimensões.
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Amor, Luz e Paz Sempre!
Salve a Grande Luz!
Ruan Fernandes
Equipe Cantinho dos Anciãos
REFERÊNCIAS:
ALDER, Vera Stanley. The Iniciation of the World, p.48-49, RIDER & CO. Paternoster House, Paternoster Row - London, 1977.
ANGLADA, Vicente Beltrán. Os mistérios de Shamballa. Tradução Wania Santiago Lourenço - São Paulo: Aquariana, 1991.
ORLOVAS, Maria Silva P. Os Sete Mestres - suas origens e criações. São Paulo: Madras, 2002.
COQUET, Michel. Luzes da Grande Fraternidade Branca - Os Mestres da Sabedoria. São Paulo: Madras, 1998.
PROPHET, Mark L.; PHOPHET, Elizabeth Clare. Senhores dos Sete Raios - A vida dos Mestres da Grande Fraternidade Branca. São Paulo: Summit Lighthouse Brasil, 2002.
PROPHET, Mark L.; PHOPHET, Elizabeth Clare. Os Mestres e seus retiros. Carrancas, MG - São Paulo: Summit Lighthouse Brasil, 2019.
BOUREAL-DANSOT, Gisèle. Ensinamentos dos Grandes Mestres da Fraternidade Branca - Alcançando as estrelas. - São Paulo: Madras, 2006.
[1] The Hierarchy stretches, therefore, in a long unbroken chain from Those Who share in the creative consciousness of God Himself down to those humble helpers who are beginning to feel almost subconsciously the divine pull of the soul within them. ‘The Hierarchy exists not ‘up in the clouds’, but here in our midst, working behind the scenes in every continent, in every country; working either under the guise of our own friends and comrades, or as those people to whom we feel violently antagonistic—or working in etheric or invisible forms around us, or within us, telepathically inspiring our minds. The Hierarchy has Its home here on earth, secluded and sheltered from the noisy activities of man, ‘beyond the Himalayas’. ‘This divine centre is known by the name of Shamballa, a sacred name of a sacred place to which all earnest students and followers of the Ageless Wisdom lift up their hearts and their aspirations always.
[2] Estudos geológicos recentes, feitos por pesquisadores chineses, revelaram e comprovaram que, inúmeras camadas geológicas de conchas e formações marinhas na região do deserto, só poderiam ter sido feitas pela presença de um grande mar nessa mesma região.
[3] Um outro nome atribuído a Grande Fraternidade Branca, principalmente, dentro dos círculos iniciáticos.
A energia desse texto é incrível. É impressionante como os conhecimentos antigos e os ensinamentos dos Mestres reverberam profundamente, talvez,simplesmente por serem verdadeiros. Quero muito ler os próximos textos sobre esse tema.