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O CAMINHO DA LUZ DA VIDA - Mestre Jesus, o Cristo, o ANCIÃO das Eras e dos DIAS

Imagem: Topo da vista da montanha gerada com IA Créditos site freepik


Na Senda dos Mestres Anciãos da Luz, o ensinamento sobre o Caminho da Luz começa por entendermos que nós somos a Luz da Vida. Esse conhecimento, revelado pelos Mestres Anciãos da Luz, desde o princípio, mostra todo o nosso potencial, que é infinito. Contudo, esse Caminho precisa ser aprendido e cultivado para que, de fato, ele possa traduzir o potencial infinito em nós em realidade de consciência e de ações. E, assim, começa a nossa caminhada, pelos ensinamentos e práticas dos Mestres Anciãos da Luz, em nosso portal de conhecimentos rumo a consciência espiritual, o Cantinho dos Anciãos.

Jesus - Imagem gerada por I.A. Créditos site freepik


Mestre Jesus, o Cristo


Em nosso primeiro artigo, sobre o Caminho da Luz da Vida, apresentamos alguns dos Ensinamentos ministrados pelo Ancião dos Dias, o Príncipe da Paz, o Mestre de Nazaré, Jesus filho de José e filho de Maria (Yeshua bar Yoseph (יוסף ) bin Miriam (מרים).


O Rabi, isto é, o Mestre Yeshua (ישוע/ יֵשׁוּעַ), tem um nome que vem da abreviação de Yehoshua (יְהוֹשֻׁעַ‎ (Josué)), mas para além de Rabi, também, teve muitas outras denominações (Emanuel, Rei dos Reis, Alfa e Ômega, Pão da Vida, Fonte da Água Viva), mas, comumente, era intitulado e reconhecido entre todos por Rabi (rabbī  רַבִּי), Mestre e/ou professor.


O título de Jesus, o Messias (Yeshua Hamashiach (יֵשׁוּעַ הַמָּשִׁיחַ) veio como uma glorificação e, ao mesmo tempo, com muita dor. O Mestre, diante do sumo sacerdote Caifás e do Sinédrio da época, dominado pela Beit Shammai, foi interrogado e todo o concílio buscava algum testemunho contra o Mestre Jesus para o condenar a morte, contudo, não achavam (Mateus 26:60; Marcos 14:55), pois o Mestre permanecia em silêncio. Então o sumo sacerdote Caifás o interroga se o Mestre Jesus era realmente o Cristo Messias dizendo-lhe:


“[...] Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu Jesus: Tu o disseste; contudo vos declaro que vereis mais tarde o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. (Mateus 26:63-64)


Ao declarar-se indiretamente Filho do Homem, o Mestre reconhecia ser ele o Messias, o Cristo e cumpria-se nesse momento a revelação da visão narrada pelo profeta Daniel 7:13-14:


"Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem (kəḇar ’ĕnāš), e dirigiu-se ao Ancião de Dias (‘Attîq Yōwmayyā), e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído" (Daniel 7:13-14).


A glória e a dor do Cristo marcaram eternamente a nossa história. Pois, o exemplo de amor universal ensinado e vivido pelo Mestre Yeshua entre nós foi anunciado pelas profecias antigas, que se cumpriram e foram gravadas, por registros imortais, isto é, nas almas de todos e que se renovam no âmago de seus espíritos o fluxo da Fonte da Vida Eterna. Conhecer a sua grandeza, os seus ensinamentos e a forma como amou a todos nós é nos libertarmos do mundo de ilusões e nos projetarmos para um universo infinito de possibilidades: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32).


imagem: Créditos Kar3nt em Pixapay.


Todos vós sois Filhos do Altíssimo


Nesse sentido, primeiro devemos conhecer a relação no texto do Salmo 82, do salmista Asafe[1], Deus (Elohym ( אֱלֹהִים)) se dirige aos homens que desperdiçam os seus grandes potenciais julgando injustamente e beneficiando os ímpios, os ditos juízes que deveriam representar a palavra de Deus e suas ações correspondentes no Bem. Salmo 82:6-7:


“Eu (Deus) disse: “Vós sois deuses, e vós outros sois todos filhos do Altíssimo. Todavia, como homens morrereis e caireis como qualquer dos príncipes.” (Salmo 82:6-7)


Em João 10:34-38, o Mestre Jesus responde aos seus acusadores citando as palavras de Deus, no Salmo 82:


“Não está escrito na vossa lei: ‘Eu (Deus) disse: Sois deuses?’; Pois, se a lei (escrituras) chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a escritura (lei) não pode ser anulada, aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque eu disse: Sou Filho de Deus? Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele.”


O Mestre nazareno revela significados profundos, presentes no texto do Salmo 82, do cantor de louvores, vidente e salmista Asafe, da corte do rei Davi, aos seus acusadores. Através do próprio texto das Escrituras Sagradas, Jesus, mostra que Deus, se dirigiu aos homens na condição de juízes, com o termo “Sois Deuses” (’ănî- (Ani) ’ā·mar·tî (amárti) Elohym) e que “todos vós sois Filhos do Altíssimo” ('at·tem ū·ḇə·nê ʽElyōn kul-lə-ḵem), isto é, não haveria nenhum motivo para os acusadores dizerem que ele blasfemava quando afirmou “Sou Filho de Deus”. E o Mestre, ainda reforça, aos acusadores, que se não acreditam nele, pelo que testemunha ser, “Eu e o Pai somos Um” (João 10:30), ao menos creiam através das obras realizadas, para que observando-as possam chegar até o conhecimento e a fé de que o “[...] Pai está em mim e eu nele.” (João 10:38).


imagem: Créditos Kar3nt em Pixapay.


O conhecimento dos Mistérios


“Eu lhes falei de coisas terrenas e vocês não creram; como crerão se lhes falar de coisas celestiais?” - João 3:12


A relação estabelecida entre o potencial infinito da humanidade, como criações divinas, filhos do Altíssimo (ʽElyōn kul-lə-ḵem) e, o conhecimento e a fé, de que o Cristo, Jesus era Um com o Pai, apresenta para todos nós, uma porta de aprendizado que se inicia observando as coisas mais objetivas, como as obras dos tratamentos, curas, profecias e realizações para além de nossos conhecimentos, como verdadeiros milagres aos nossos olhos. Mas, superado, ao menos em parte, através do conhecimento e da fé, as impressões e perscrutações objetivas, surgi, a dimensão dos mistérios e seus conhecimentos ainda mais profundos. Como na passagem do encontro de Jesus com Nicodemos em que o mestre inicia explicações sobre os mistérios e após Nicodemos ter dificuldades para entender sobre a reencarnação e as propriedades do espírito, o mestre diz:


“Você é mestre em Israel e não entende essas coisas? Asseguro-lhe que nós falamos do que conhecemos e testemunhamos do que vimos, mas mesmo assim vocês não aceitam o nosso testemunho. Eu lhes falei de coisas terrenas e vocês não creram; como crerão se lhes falar de coisas celestiais? Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem. Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna.” - João 3:10-15


Imagem ilustrando o encontro e diálogo do Mestre Jesus com Nicodemos


Os Mestres Anciãos da Luz, ao longo das Eras, não apenas revelaram o nosso potencial infinito, mas, principalmente, ensinaram como desenvolvê-lo e percorrê-lo através do Caminho da Luz da Vida. Os conhecimentos e suas práticas foram realizados e vivenciados por cada um desses Mestres Anciãos da Luz, entre nós e por nós, ao longo de nossas vidas. O objetivo dos Mestres Anciãos entre nós sempre foi muito simples: Mostrar o Caminho da Luz da Vida, sua transcendência e tornar o conhecimento vivo para que a consciência surja organicamente. Como em João 8:12, quando o Mestre Jesus fala as pessoas:


“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)


Estas breves palavras contêm um preceito, um convite e uma promessa. Conhecer em verdade, a personalidade divina do Mestre, o seguirmos para nos libertarmos e nos unirmos com o nosso potencial infinito, a Luz da Vida. Mas se poderia perguntar de que vida se trata a expressão Luz da Vida? O próprio Mestre Jesus responde quando fala a mulher samaritana no poço de Jacó:


 “Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva”.  [...] Quem beber desta água [do poço] terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”.


O Filho do Homem, o Mestre Jesus, aquele que realiza em si mesmo a natureza encarnada do Ancião dos Dias, é, também, reconhecido pelas Tradições mais antigas como a Fonte de toda a Vida:

“Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz” - Salmo 36:9


Conhecer Jesus é conhecer a Deus e conhecer a Deus é compreender profundamente o Senhor da Luz: “Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça, aos retos de coração” - Salmo 36:10


  Os mistérios mais profundos dos ensinamentos do Mestre para o Caminho da Luz da Vida são revelados ao conhecermos em profusão os ensinamentos, as obras e o significado da realização das profecias em Jesus, o Cristo. Pois, tudo o que o Mestre Jesus ensinou possui significados e propósitos maiores e mais profundos, que se realizam, inicialmente, também, mas apenas em parte, nas parábolas. Pois, para serem compreendidos completamente é necessário percorrê-los e vivencia-los em graus de aprofundamento, cada vez mais profundos e libertadores, isto é, mergulhando cada vez mais profundamente no “Manancial da Vida”, na “Fonte da Vida” encontramos a nós mesmos, mais livres e completos.


Esses graus de aprofundamento são apresentados sutilmente pelo Mestre Jesus, quando os discípulos, ao se aproximarem dele, disseram-lhe:


Por que lhes falas por parábolas? — Respondendo-lhes, disse ele: É porque, a vós outros, foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado. Porque, àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. — Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não veem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. — E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e não escutareis; olhareis com os vossos olhos e não vereis. Porque, o coração deste povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração não compreenda e para que, tendo-se convertido, eu não os cure. - Mateus, 13:10 a 15


Os mistérios sobre os conhecimentos espirituais estavam presentes em todas as Tradições antigas, e isso quer dizer, que a literatura rabínica e as Escrituras Sagradas possuíam, também, o conhecimento desses mistérios, desde o início. Mas em todo e qualquer tempo, cada espírito e sociedade segue o seu próprio ritmo para os aprendizados.


O Mestre falava, inicialmente, por parábolas, pois havia muitos que o véu da incompreensão dificultava o entendimento aos mistérios do Reino. Quantos não endurecem o coração, fecham os olhos, tapam os ouvidos para os ensinamentos espirituais mais simples, como a ética e a moral? Essas atitudes criam limitações e corrompem o entendimento. Logo, o coração, a mente e o espírito geram barreiras para acessar os conhecimentos mais sublimes.


A busca íntima, que se transformava, gradualmente, em disciplina interior permitiu, aos apóstolos e aos discípulos mais próximos do Mestre, o compartilhar dos mistérios dos céus, já que, para esses, havia a abertura, a sensibilidade, o comprometimento e o envolvimento emocional e espiritual para o grau desses conhecimentos. Como, por exemplo, o rico diálogo com Nicodemos mencionado acima e que, ao possuir vários níveis de conhecimentos, o seu entendimento não depende apenas da tradução feita sobre o texto, mas, sim, através dos níveis de percepções desenvolvidos pelo espírito.


Nosso potencial infinito se descortina, quando entendemos que uma maior aproximação, em verdade, isto é, em conhecimento, com os ensinamentos da Luz através dos Mestres, nos transforma de dentro para fora. Como exemplo podemos citar o ensinamento védico nas Upanishads, ensinado, também, na Bhagavad-Gita pelo Mestre Krishina, o “Conhece-te a ti mesmo (ātmānam)”. Este mesmo conhecimento, passados quase três milênios, foi ensinado por Sócrates que se surpreendeu, com a inscrição “γνῶθι σεαυτόν” (transliterado - gnōthi seauton), no frontispício do pronau, do Templo de Apolo, em Delfos. O ensinamento do “Conhece-te a ti mesmo”, por Sócrates, está na sétima obra de Platão, a “Apologia de Sócrates”. Mas, aprofundaremos sobre esses ensinamentos no futuro quando abordarmos o tema juntamente com os Mestres Anciãos correspondentes.


Os ensinamentos sobre o Reino dos Céus nos conduzem a riquezas do espírito inimagináveis. Para acessá-los só depende de uma atitude disciplinar contínua em direção aos ensinamentos e as práticas dos Mestres Anciãos da Luz. Portanto, tome a atitude e abra o coração, a mente e o espírito para os ensinamentos da Luz como o fizeram os apóstolos e discípulos, reconhecidos por seus corações e atitudes, pelo Mestre Jesus no ensinamento das “Bem-Aventuranças”:

     

 [...] Bem-aventurados, porém, são os olhos de vocês, porque veem; e bem-aventurados são os ouvidos de vocês, porque ouvem.  Pois em verdade lhes digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram; e quiseram ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram. - Mateus 13:16-17


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Amor, Luz e Paz Sempre!

Salve a Grande Luz!


Ruan Fernandes

Equipe Cantinho dos Anciãos


Referências:

Bíblia (ARA) Almeida Revisada e Atualizada, 1993.

Bíblia (ARC) Almeida Revisada e Corrigida, 1969

Hebrew Study Bible

Bíblia (BKJ) Bíblia King James, 1611.

Bíblia (LTT) Bíblia Literal do Texto Tradicional

Bíblia (BJ2) Bíblia de Jerusalém, 2002.

Jewish Study Bible-FL-Tanakh: Second Edition, 2014.


[1] Músico da corte do Rei Davi que posteriormente o nomeou para ‘dirigir o canto na casa do Senhor’ (1 Cr 6.31, 39). O salmista, também era, ‘vidente’ (2 Cr 29.30), e são atribuídos a ele doze salmos, todos eles de caráter profético (Sl 50:73-83).

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