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Uma expedição à Gruta: desdobramento e oração.

Da série inicial de vinte e um artigos:

- Texto 17 -

 

A simplicidade das pedras guardava a grandeza do amor da Mãe Santíssima. Imagem do Cantinho dos Anciãos gerada por I.A.
A simplicidade das pedras guardava a grandeza do amor da Mãe Santíssima. Imagem do Cantinho dos Anciãos gerada por I.A.

Para esse relato de experiência, pedimos a minuciosa atenção do amigo leitor. Estávamos imersos nas instruções dos irmãos espirituais sobre o serviço na casa quando, em um movimento suave de desdobramento, fomos transladados para um local de características singulares. A luminosidade era escassa, mas não sombria; o ambiente, levemente úmido, exalava uma serenidade que acalmava os sentidos. Julgamos estar, inicialmente, em uma zona de transição astral, um campo de repouso entre o ponto de partida e um destino ainda oculto.

Ao percebermos que havíamos chegado, passamos a explorar as estruturas do recinto com reverência. O solo era uma tapeçaria de rochas ígneas e sedimentares, cujas texturas irregulares, curiosamente, transmitiam uma segurança profunda a cada passo. A gruta desenhava uma forma ovalada, onde as paredes pareciam guardar histórias milenares. Em uma das bordas, erguia-se uma face rochosa ornamentada por cristais brancos que cintilavam com luz própria, formando um arco luminoso. No centro desse portal de luz, a cerca de seis metros de altura, repousava um oratório singelo, coroado por uma escultura energética da Mãe Amantíssima, cuja presença parecia velar por todo o espaço.

Enquanto percorríamos o contorno oval daquela gruta, percebemos que a nossa própria respiração parecia entrar em ritmo com o pulsar dos cristais brancos nas paredes. Havia um convite mudo à introspecção. Cada passo dado sobre a irregularidade do solo parecia deixar para trás as preocupações do mundo exterior, como se a umidade do ambiente lavasse as camadas superficiais da nossa alma, preparando-nos para o que estava prestes a se manifestar no alto daquele oratório rochoso.

Quando o êxtase da visão nos levava ao desejo de agradecer e partir, fomos surpreendidos por uma nova manifestação de amor. Uma radiação tênue e magnética projetou-se ao centro do santuário, iluminando um altar de meia altura. Naquela hora, onde o coração mais parecia saltar para fora do peito, pudemos contemplar uma grande drusa de cristal azul, sua irradiação pulsante e branda parecia nos embalar em uma canção de harmonia e acolhimento. Duas torres maiores e outras pequeninas davam a forma daquele cristal ancião. Estávamos diante de um dos santuários ligados ao serviço da misericórdia e do perdão pela luz da Mãe da humanidade.

Reconhecemos, contudo, que nossa visão inicial foi limitada por nossas próprias nuvens emocionais. Detalhes minuciosos do local só se revelaram conforme buscamos a sintonização e o silêncio interior, um processo de aprendizado sobre a importância de enxergar com o coração, sobre o qual detalharemos mais adiante.


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Raul César

Equipe Cantinho dos Anciãos

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