As Quatro Nobres Verdades de Buda Shakyamuni
- Ruan Fernandes da Silva

- 16 de jun.
- 11 min de leitura

Crédito da imagem Pixabay por Lavillia
O caminho vivido por um Buda (Buddha - iluminado) é único em suas experiências, mas o processo do seu despertar é comum a todos. Pois, todos caminhamos para o nosso próprio despertar. Nesse artigo, compartilhamos, as "Quatro Visões" de Siddhartha Gautama, e a realização nos ensinamentos das "Quatro Nobres Verdades". Elas ilustram a jornada do despertar espiritual e da transformação interior. Ao reconhecer o sofrimento, compreender suas causas, perceber a possibilidade de sua cessação e seguir o caminho que leva a essa cessação, qualquer indivíduo pode trilhar o caminho da iluminação. Os ensinamentos do Buda, Siddhartha Gautama, permanecem como um guia atemporal para aqueles que buscam a verdade e a libertação do sofrimento.
सिद्धार्थ गौतम
Buda Śākyamuni, Siddhārtha Gautama
Crédito imagem Pixabay por DuongNgoc-HoangPhapPagoda

O Buda, Siddhartha Gautama, começou seu despertar há muitas vidas. Em sua última encarnação foi o príncipe Siddhartha Gautama, do clã e reino Xáquia (Śākya) no século VI a.C., em Lumbini, região que hoje corresponde ao Nepal. Filho do rei Suddhodana, Siddhartha foi criado em um ambiente de luxo e conforto, isolado das realidades dolorosas da vida.
Contudo, isso mudaria, quando aos 29 anos, ao sair do palácio em suas viagens, foi confrontado com realidades dolorosas da existência humana, como a velhice, a doença, a morte e a libertação. Visões que mudaram sua percepção da existência humana.
Essas experiências, conhecidas como as "Quatro Visões", despertaram nele uma profunda reflexão sobre o sofrimento e a busca por um caminho que conduzisse à superação desse sofrimento.
catvāri āryasatyāni
As Quatro Visões e o Despertar Espiritual

As Quatro Visões são um conjunto de experiências profundas que se tornaram relatos simbólicos ao ilustrarem o processo de conscientização do príncipe Siddhartha Gautama sobre a impermanência e o sofrimento da vida.
Tendo passado 29 anos de sua vida no palácio, as inquietações foram aumentando até que decidiu sair e ver o mundo com os seus próprios olhos. Apesar dos cuidados do pai para esconder os inúmeros problemas da realidade do mundo, a imagem do homem velho impactou o príncipe Siddhartha, que chegou a perguntar, inocentemente, ao cocheiro e amigo, Chandaka, sobre a imagem da condição daquele homem. E, chandaka, lhe explicou que todas as pessoas envelheciam. Assim, em pouco tempo, as viagens fora do palácio, levaram Siddhartha a testemunhar as visões de:

1 - Um homem idoso, representando a inevitabilidade do envelhecimento (Dukkha);

Um homem doente, simbolizando a fragilidade da saúde (Samudaya);
Um cadáver, evidenciando a certeza da morte (nirodha);

Um asceta, que, apesar de sua condição de sofrimento, buscava a libertação através da renúncia (Magga).
Para Siddhartha, as visões que presenciou despertaram uma profunda crise existencial, levando-o a abandonar sua vida de príncipe em busca de um caminho que o libertasse do sofrimento.

Acompanhado por seu fiel amigo Chandaka, deixou o palácio e seguiu inicialmente para Rajagaha, onde passou a viver como um mendicante, adotando uma vida ascética e pedindo esmolas pelas ruas.

Durante sua estadia na cidade de Rajagaha, os soldados o reconheceram e levaram-no levado até o rei Bimbisara. encantado com suas palavras e sua sabedoria, ofereceu-lhe o trono. Siddhartha, porém, recusou a proposta, prometendo apenas que retornaria ao reino de Magadha após alcançar a iluminação.
Deixando Rajagaha, ele procurou orientação espiritual com dois mestres eremitas. Primeiro, estudou com Alara Kalama (em sânscrito: Arada Kalama), cujos ensinamentos dominou rapidamente. Kalama o convidou a sucedê-lo como mestre, mas Gautama, sentindo-se ainda insatisfeito, decidiu seguir adiante.
Pouco tempo depois tornou-se discípulo de Udaka Ramaputta (em sânscrito - Udraka Rāmaputra), com quem atingiu elevados estados de consciência meditativa. Mais uma vez, foi convidado a assumir o lugar do mestre, e novamente recusou, percebendo que esse ainda não era o caminho da libertação definitiva.

Ao lado de cinco companheiros, liderados por Kaundinya, Siddhartha aprofundou-se em práticas austeras extremas, acreditando que a privação total — inclusive alimentar-se de apenas uma folha por dia — o levaria à iluminação. Enfraquecido, quase morreu afogado ao cair em um rio durante o banho. Esse episódio o fez repensar seu caminho.
Foi então que recordou um momento da infância em que, ao observar seu pai arando o campo, havia experimentado um estado de calma, concentração e felicidade interior — o jhana. Essa lembrança o levou a reconhecer que o equilíbrio, e não a extrema renúncia, poderia ser a chave para alcançar a verdadeira libertação.
Crédito da imagem pixabay por GDJ

Esse estado de equilíbrio é desenvolvido pelos ensinamentos do “Caminho Óctuplo” ou “Caminho do Meio”. Ele se inicia pelas progressivas práticas de Dhyāna (Jhana), tendo como meta última, o estado de Nirvana, uma experiência contínua do espírito, que vai além do cérebro e da matéria. Esses ensinamentos do Caminho Óctuplo abordaremos em artigo futuro, por agora, retomamos o estudo das “Quatro Visões”.
As Quatro Nobres Verdades: Os Ensinamentos do Mestre Siddhārtha Gautama


Desde o nascimento, o percurso da vida deste Mestre, nos revela como as nossas vidas são repletas de escolhas e possibilidades para as mais diversas direções. Contudo, dentre essas direções tomadas, no percurso da vida, muitas podem trazer consequências indeléveis para o espírito, tanto para o bem, quanto para o mal. E é aqui onde reside o ponto central no aperfeiçoamento de cada um de nós, o desenvolvimento da consciência.
Se negligenciado, o processo de desenvolvimento da consciência, produz inquietações e crises no âmbito espiritual que repercutem no emocional, como: o Estresse, a ansiedade, as crises existenciais, apenas para citar algumas. E, por sua vez, o emocional, também, ao ser negligenciado repercute no âmbito físico podendo gerar, até mesmo, as doenças psicossomáticas, doenças que decorrem de processos emocionais dolorosos, como: a depressão, a ansiedade, compulsões, dentre outras enfermidades psíquicas, as quais podem progredir em sintomas físicos, como gastrites, enxaquecas, e até mesmo o bruxismo.
Para evitar nos perdermos demasiadamente nas distrações do mundo e adiarmos os nossos compromissos interiores devemos, antes tomar os devidos cuidados em ouvir e aprender os ensinamentos dos Mestres Anciãos, pois as lições compartilhadas por eles são frutos de experiências vividas e que tiverem força suficiente para moldar a história e os povos do mundo.

Portanto, ouçam com os ouvidos de ouvir e vejam com os olhos de ver, pois as “Quatro Nobres Verdades” são uma jornada que culminou na iluminação do mestre Siddhartha Gautama sob a árvore Bodhi, onde ele compreendeu as causas do sofrimento e o caminho para sua cessação.
As Quatro Nobres Verdades: O Caminho para a Libertação
Após sua iluminação, o Buda compartilhou com seus discípulos as Quatro Nobres Verdades, que formam a base de seus ensinamentos:
A Verdade do Sofrimento (Dukkha)[1]: Reconhecimento de que a vida está permeada de sofrimento, insatisfação e impermanência.

"Esta é a nobre verdade do sofrimento: nascimento é sofrimento, envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento; tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero são sofrimento; a união com aquilo que é desprazeroso é sofrimento; a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento; não obter o que se deseja é sofrimento; em resumo, os cinco agregados influenciados pelo apego são sofrimento."
Dukkha é a primeira das Quatro Nobres Verdades e descreve a natureza insatisfatória da existência humana. O termo "dukkha" é frequentemente traduzido como "sofrimento", mas sua abrangência é maior, incluindo também "insatisfação", "desconforto" e "imperfeição". O Buda afirmou que o nascimento, o envelhecimento, a doença e a morte são formas evidentes de sofrimento, mas também destacou que a união com o que é desagradável, a separação do que é agradável e a não obtenção do que se deseja são fontes de sofrimento. Além disso, os cinco agregados influenciados pelo apego — forma, sensação, percepção, formações mentais e consciência — também são considerados fontes de sofrimento.
Essa visão do sofrimento não é uma visão pessimista da vida, mas um reconhecimento da realidade da experiência humana. Ao compreender que o sofrimento é uma parte intrínseca da existência, os praticantes podem começar a buscar uma maneira de transcender essa condição. O entendimento profundo de dukkha é essencial para o caminho budista, pois é a base sobre a qual as outras verdades são construídas.
A Verdade da Origem do Sofrimento (Samudaya)[2]: O sofrimento surge do desejo (tanha), do apego e da ignorância.

"Esta é a nobre verdade da origem do sofrimento: é este desejo que conduz a uma renovada existência, acompanhado pela cobiça e pelo prazer, buscando o prazer aqui e ali; isto é, o desejo pelos prazeres sensoriais, o desejo por ser/existir, o desejo por não ser/existir."
A segunda Nobre Verdade identifica a origem do sofrimento, que é o desejo (tanha), traduzido como "sede" ou "ansiedade". Esse desejo se manifesta de três formas principais: desejo de prazer sensorial (kama-tanha), desejo de existência (bhava-tanha) e desejo de não-existência (vibhava-tanha). Esses desejos são alimentados pela ignorância (avijja) da verdadeira natureza da realidade e pela falsa concepção de um "eu" permanente.
O Buda ensinou que o sofrimento surge quando nos apegamos a essas formas de desejo, criando um ciclo contínuo de insatisfação. Esse ciclo é conhecido como samsara, o ciclo de nascimento, morte e renascimento, perpetuado pela ignorância e pelos desejos. A compreensão de que o desejo é a raiz do sofrimento é crucial para a prática budista, pois permite que o praticante comece a trabalhar na eliminação dessas causas.
Além disso, o conceito de "trishna" ou "tanha" está intimamente ligado à ideia de "samskara dukkha", que se refere ao sofrimento sutil proveniente da natureza condicionada de todos os fenômenos. Essa forma de sofrimento é mais difícil de perceber, mas é igualmente importante para a compreensão completa da origem do sofrimento.
A Verdade da Cessação do Sofrimento (Nirodha)[3]: É possível extinguir o sofrimento ao eliminar suas causas.

"Esta é a nobre verdade da cessação do sofrimento: é o desaparecimento e cessação sem deixar vestígios daquele mesmo desejo, o abandono e renúncia a ele, a libertação dele, a independência dele."
A terceira Nobre Verdade afirma que é possível cessar o sofrimento. Essa cessação é chamada de Nirodha e é alcançada através da eliminação do desejo e da ignorância. Quando o desejo é extinto, o ciclo de sofrimento também é interrompido, levando ao estado de nirvana, que é a libertação do samsara.
O nirvana não é um lugar ou um estado de prazer sensorial, mas uma experiência de paz, liberdade e clareza mental. É a realização da verdadeira natureza da realidade, livre de ilusões e apegos. Alcançar o nirvana é o objetivo final do caminho budista, representando a superação completa do sofrimento.
É importante notar que a cessação do sofrimento não significa a eliminação da vida ou da experiência, mas a transformação da maneira como se percebe e se reage à experiência. Ao atingir o nirvana, o praticante transcende o sofrimento, vivendo em harmonia com a realidade tal como ela é.
A Verdade do Caminho que Conduz à Cessação do Sofrimento (Marga)[4]: O Nobre Caminho Óctuplo é o meio para alcançar a libertação.

"Esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta."
A quarta Nobre Verdade apresenta o Nobre Caminho Óctuplo, que é o caminho prático para alcançar a cessação do sofrimento. Esse caminho é composto por oito práticas interdependentes, divididas em três categorias principais: sabedoria (visão correta e intenção correta), ética (fala correta, ação correta e modo de vida correto) e concentração (esforço correto, atenção plena correta e concentração correta).
O Nobre Caminho Óctuplo não é uma sequência linear de passos, mas um conjunto de práticas que devem ser cultivadas simultaneamente. Cada uma dessas práticas contribui para o desenvolvimento da mente e do caráter, levando o praticante a uma compreensão mais profunda da realidade e à superação do sofrimento.
Além disso, o Caminho Óctuplo é considerado uma prática ética e espiritual abrangente, que não se limita a uma vida monástica, mas é aplicável a todos os aspectos da vida cotidiana. Ao seguir esse caminho, o praticante desenvolve qualidades como compaixão, sabedoria e equanimidade, que são essenciais para a realização do nirvana.

As Quatro Nobres Verdades oferecem um mapa claro para compreender e transcender o sofrimento humano. Ao reconhecer a presença do sofrimento (dukkha), entender suas causas (samudaya), perceber a possibilidade de sua cessação (nirodha) e seguir o caminho que leva a essa cessação (magga), o praticante budista pode alcançar a libertação do samsara e viver em harmonia com a verdadeira natureza da realidade. Esses ensinamentos continuam a ser uma fonte de inspiração e orientação para milhões de pessoas em todo o mundo.
Compartilhe conosco se gostou do texto e deixe os seus comentários sobre algum tema que você gostaria que abordássemos no Cantinho dos Anciãos.
Se possível compartilhe o nosso site Cantinho dos Anciãos em suas redes sociais.
Amor, Luz e Paz Sempre!
Salve a Grande Luz!
Ruan Fernandes
Equipe Cantinho dos Anciãos
Referências:
Bodhi, Bhikkhu; Souza, Caesar. Nobres verdades, nobre caminho: A essência dos ensinamentos originais do Buda. Ed. Vozes, 2024.
GYATSO, Geshe Kelsang. Introdução ao Budismo: Uma Explicação do Estilo de Vida Budista. Ed. Tharpa, 2012.
Hanh, Thich Nhat. A essência dos ensinamentos de Buda: Transformando o sofrimento em paz, alegria e libertação. Ed. Vozes, 2019.
Lam rim chen mo. El Gran Tratado de los Estadios em el Camino a la Iluminación. Vol I. Ed. Dharma, 2007.
Lam rim chen mo. El Gran Tratado de los Estadios em el Camino a la Iluminación. Vol II. Ed. Dharma, 2009.
Lam rim chen mo. El Gran Tratado de los Estadios em el Camino a la Iluminación. Vol III. Ed. Dharma, 2011.
Rinpoche, Lama Michel. As quatro nobres verdades. Ed. Sinapse, 2017.
Vieira, Jair Lot. Dhammapada: Os ensinamentos de Buda. Ed. Mantra, 2021.
TRUNGPA, Chögyam. As 4 Nobres Verdades do Budismo e o Caminho da Libertação. Cultrix, 2013.
[1] Dukkha é o termo utilizado por Buda para expressar a noção de "sofrimento". Embora esse sofrimento — entendido como dor física ou mental — represente uma das dimensões de dukkha, muitos budistas e estudiosos preferem manter a palavra em seu idioma original, sem traduzi-la. Isso porque consideram que nenhuma tradução consegue captar plenamente a complexidade e o alcance do conceito.
[2] Samudaya é a origem de dukkha e está relacionada com a Segunda Nobre Verdade. Ao atingir a iluminação, Buda, Siddharta Gautama, compreendeu profundamente o que é dukkha, como ela surge e o que a alimenta. Reconheceu que dukkha é impermanente, composta por causas e condições, e, por isso, passou a investigar essas origens. Ele percebeu que as causas de dukkha residem nas chamadas emoções perturbadoras, como orgulho, inveja ou ciúme, apego e desejo, carência e ganância, torpor, raiva e medo. Tais emoções, por sua vez, surgem da ideia de um "eu" — de uma identidade que, em seu esforço para se afirmar, busca se proteger, atacar ou desejar. Essa identidade ilusória, baseada na ignorância da verdadeira natureza de todos os fenômenos, é a raiz primordial do surgimento de dukkha.
[3] No budismo, nirodha, que significa "cessação" ou "extinção", refere-se à interrupção ou renúncia do desejo e da ânsia que surgem a partir da percepção e cognição não treinadas. Trata-se da Terceira Nobre Verdade, que ensina que o dukkha — o sofrimento, entendido como o ciclo contínuo de sensações, atração, repulsa e ação — pode cessar quando o desejo e o apego são abandonados. Essa cessação é alcançada por meio da prática do Nobre Caminho Óctuplo, que inclui: visão correta, intenção correta, fala correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta e concentração correta. Ao atingir nirodha, o praticante alcança o estado de nibbana (em sânscrito: nirvana), que representa a libertação definitiva da escravidão ao ciclo incessante de reatividade — de desejar, rejeitar e agir impulsivamente. Segundo a monja Thubten Chodron, nirodha é o desaparecimento completo e irreversível de todas as experiências negativas e suas causas, de modo que elas não possam mais surgir novamente.
[4] O caminho budista para a libertação (mārga), também conhecido como despertar, é apresentado de diversas formas ao longo dos ensinamentos. A formulação mais conhecida é o Nobre Caminho Óctuplo, que, embora clássico, é apenas uma das muitas descrições encontradas no Sutta Pitaka. Dentro das diferentes tradições e escolas do budismo, há múltiplas interpretações e abordagens do caminho para a libertação. Os primeiros textos budistas, especialmente os Pāli Nikāyas, contêm várias exposições desse caminho, algumas das quais são destacadas a seguir.



Mano do céu, sofrimento é o que não falta na cabeça do povo. Nem precisa escrever sobre isso, é só entrar no insta, face, discord ou trampar de uber como eu. kkkk as conversas, mano é só sofrimento e briga e outras coisas. No banco de trás do carro, tu escuta cada coisa ouvindo gente falar que vai pegar fulano, ciclano é só catreva de sofrimento. Mas é dá ora isso daí de explicar essas verdades. Porque tipo, tem muita dor que vem de gente que tem umas manias do mundo seja do jeito deles, mesma fé, mesmas ideias, mas não aceita ser diferente do que eles acham. É daora, daora...
Eu me senti na obrigação de comentar, meu... ! Poxa que texto profundo e ao mesmo tempo tão próximo da vida real 🌿! Fiquei muito tocada com a forma como as Quatro Nobres Verdades foram apresentadas — especialmente porque, mesmo trabalhando com algo que amo (moda, loja, atendimento ao público), às vezes sinto um vazio difícil de explicar… como se faltasse alguma coisa, mesmo com tudo aparentemente “certo”. E quando li que o sofrimento vem justamente do apego e do desejo constante por algo que nem sempre sabemos nomear… nossa, me vi ali! 😮💨 Quantas vezes já me peguei correndo atrás da próxima meta, do look perfeito, da sensação de que estou no controle e, mesmo assim, com aquele fundinho…