A Mediunidade à Luz de Jesus, Krishna e Buda
- Ruan Fernandes da Silva
- 4 de ago.
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Atualizado: 4 de ago.
– Série Curso Mediúnico – 01 –

Estudo 01 - parte 01 da Série de artigos para o Curso Mediúnico da Casa de Caridade Clara de Assis - CCCA
A mediunidade, embora nomeada de formas diferentes nas Grandes Tradições[1], encontra fundamentos éticos e espirituais nos ensinamentos de Jesus, Krishna e Buda. Cada mestre oferece princípios que orientam o uso consciente dos dons espirituais, com ênfase na compaixão, no desapego e na transformação interior. Apesar das diferenças culturais e filosóficas, há uma convergência clara em torno da pureza de intenção e do serviço ao próximo. Essa síntese revela que o verdadeiro médium é, acima de tudo, um servidor do bem.

Vamos começar pelo básico:
Mediunidade em exercício é compromisso com a espiritualidade e disciplina para consigo mesmo


Jesus, O Senhor da Luz
Os ensinamentos de Jesus revelam que a mediunidade deve ser um exercício de amor, humildade e serviço desinteressado. O médium verdadeiro age com compaixão, ajudando o próximo sem buscar ganhos materiais ou reconhecimento.
A pureza de coração, a vigilância espiritual e a oração constante são pilares para manter sintonia com os bons espíritos e evitar enganos. A mediunidade, segundo o Cristo, é expressão de caridade, fé e entrega silenciosa, jamais espetáculo ou fonte de vaidade.
Jesus também ensina que o médium precisa cultivar o perdão, a mansidão e o desprendimento dos bens terrenos, servindo gratuitamente como instrumento de Deus. A fidelidade à verdade e a consciência de sua pequenez reforçam que o médium nada pode sem a força divina. Nós somos potência e não poder divino, apenas Deus é Poder. A prática mediúnica é nosso potencial manifestado e deve ser discreta, honesta e guiada pelo Evangelho. Quando centrado no amor e na verdade, o médium torna-se ponte entre o Céu e a Terra, refletindo os princípios de Cristo em suas palavras, ações e intenções.

1. Amor ao próximo como base de toda ação
"Amarás o teu próximo como a ti mesmo.“ (Mateus 22:39)
O médium deve agir movido pelo amor e caridade. A mediunidade não deve ser usada para ganho próprio ou vaidade, mas como um serviço de auxílio e compaixão ao próximo.
2. Humildade
"Bem-aventurados os humildes, porque herdarão a terra.“ (Mateus 5:5)
A humildade é essencial para o médium, pois o orgulho pode ser porta de entrada para engano espiritual e mistificações. Jesus sempre exaltou os humildes e repreendeu os soberbos.

3. Pureza de coração
"Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.“ (Mateus 5:8)
A pureza de intenções é fundamental. O médium deve buscar sinceridade, retidão e limpeza interior para que sua sensibilidade espiritual seja afinada com boas influências.
4. Oração e vigilância constante

"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.“ (Mateus 26:41)
O médium precisa manter disciplina espiritual, com oração e vigilância sobre os próprios pensamentos, palavras e ações, protegendo-se de influências inferiores.
5. Desprendimento dos bens materiais

"Não ajunteis tesouros na terra... mas ajuntai tesouros no céu.“ (Mateus 6:19–20)
A mediunidade não deve ser explorada comercialmente. Jesus ensinou a servir sem buscar recompensa material, e isso vale especialmente para os que atuam espiritualmente.
6. Serviço desinteressado
"De graça recebestes, de graça dai." (Mateus 10:8)
Jesus recomendou que seus discípulos, ao curarem ou expulsarem espíritos impuros, o fizessem gratuitamente. Esse princípio se aplica diretamente à prática mediúnica.

7. Perdão e mansidão
"Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.“ (Mateus 5:44)
O médium, por lidar com energias e espíritos, deve cultivar paz interior, perdoar com facilidade e evitar contendas — mantendo uma vibração elevada e pacífica.

8. Discrição e humildade na prática espiritual
"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai em segredo...“ (Mateus 6:6)
Evita-se o exibicionismo ou a busca de notoriedade pela prática espiritual. A mediunidade deve ser exercida com discrição, sem pretensões públicas ou desejo de aplauso.
9. Fidelidade à verdade
"Seja o vosso falar: Sim, sim; não, não.“ (Mateus 5:37)
O médium deve ser verdadeiro, honesto e transparente. Evitar exageros, fantasias ou manipulações. A integridade é fundamental na prática espiritual.

10. Reconhecimento da própria pequenez e dependência de Deus
"Sem mim nada podeis fazer.“ (João 15:5)
Toda mediunidade é dom de Deus, e o médium deve reconhecer que não é fonte do poder espiritual, mas instrumento. Isso exige reverência e gratidão, não orgulho.
Senhor Krishna (Sri Kṛṣṇa)

Os principais ensinamentos de Sri Kṛṣṇa, especialmente direcionados para médiuns e buscadores espirituais, tem como base a própria vida do Mestre Krishna e os ensinamentos presentes no Śrīmad‑Bhāgavatam, além de aspectos da Bhagavad‑Gītā e da Uddhava‑Gītā, que aparecem no 11ª Canto.
Os ensinamentos do Mestre Krishna — especialmente através do Śrīmad‑Bhāgavatam e da Bhagavad‑Gītā / Uddhava‑Gītā — fornecem um mapa claro para os médiuns, que pode ser listado da seguinte forma:

1 - Acima de tudo, descubra sua verdadeira natureza como alma divina;
2 - Ouça os ensinamentos com fé;
3 - Pratique devoção aliada ao desapego;
4 - Cultive disciplina interna;
5 - Escute e relacione‑se com guias sinceros;
6 - Ofereça seu dom como serviço altruísta.
1. A essência do Śrīmad‑Bhāgavatam como discurso divino
O Bhāgavatam é considerado uma incorporação literária de Krishna, revelando Suas qualidades, forma, nome, morada divina e ensinamento do prema-bhakti (amor divino).
Ouvir (śravaṇa) com fé — especialmente das narrativas das lilās [2] — gera atração direta por Krishna, transforma o coração e remove os três tipos de sofrimento.
- Aplicação para os médiuns -
A abertura do canal espiritual é favorecida pela escuta devocional e intensa da narrativa bhāgavata, que purifica a mente, torna o médium mais sensível à presença divina interior e o predispõe à manifestação de percepções sutis. Isto é, ouvir e/ou ler a palavra divina dos Mestres da Luz aperfeiçoa nossas percepções do mundo purificando a nossa mente, logo o médium se torna mais sensível à presença divina interior e o torna mais predisposta a manifestação do Bem.
2. Bhakti Yoga e Nishkāma Bhakti (devoção desinteressada)
Krishna enfatiza que o verdadeiro caminho espiritual é a devoção sem desejos pessoais, atuando sem apego aos frutos da ação (nishkāma karma), como ensinado na Bhagavad-Gītā e revisitado na Uddhava‑Gītā (Śrīmad‑Bhāgavatam XI).

A entrega incondicional:
“Rende-te a mim, torna-te meu devoto, e eu te libertarei de todos os pecados”.
- Aplicação para os médiuns -
A mediunidade deve ser praticada como serviço desinteressado: utilizar as percepções espirituais com humildade, sem vaidade, buscando o bem coletivo e sem expectativa de reconhecimento ou ganhos.
3. Samādhi, Yoga e controle da mente

Krishna descreve as etapas do yoga: controle da respiração, mente, sentidos e emoções, permitindo perceber o verdadeiro Eu (ātma) além da ilusão (māyā).
A mente é comparada a um vento turbulento que precisa ser domado com disciplina e prática constante.
- Aplicação para médiuns -
A mediunidade fica mais clara e estável quando o médium cultiva sua mente e energia — meditação, pranayama, batimento devocional (como o Harinaam) são fundamentais para maior conexão límpida e equilibrada com planos sutis.
4. Sādhu‑saṅga e associação com Guias espirituais
Escutar Bhagavatam com fé leva à presença de Krishna no coração; associar-se a mestres e devotos sinceros acelera esse processo.
Os grandes ensinamentos vêm da associação contínua com realizações espirituais (sādhu-saṅga), seguida de prática devocional estruturada (śravaṇa‑kīrtana‑sevā).
- Aplicação para médiuns -
A orientação por uma linhagem espiritual confiável e a constante escuta de ensinamentos autorizados ajudam na estabilização da clarividência e intuição espiritual, protegendo contra desvios.
5. Serviço compassivo e desapego
Bhagavatam ensina: a verdadeira alegria surge de servir o próximo com altruísmo; dar é superior ao receber. O desapego e o perdão são vertentes da devoção pura.
Mesmo em tempos difíceis, manter vida simples, dedicando trabalho ou meditação a Krishna, transforma o cotidiano em prática espiritual.
- Aplicação para médiuns -
O uso da mediunidade em benefício dos outros — atendimento, orientação, conforto — com desapego emocional e humildade, constitui a essência de um serviço realmente espiritual.
6. Realização do self espiritual e discernimento
A jīva é parte de Kṛṣṇa, portadora de eternidade, conhecimento e bem-aventurança, mas confundida com o corpo material por influência de māyā. A Bhāgavatam instrui a reconectar‑se com a natureza espiritual real.
A doce irrupção de amor divino (prīti) desfaz lentamente o ego e limpa o coração da ilusão.
- Aplicação para médiuns -
Muitos médiuns procuram poder, fama ou ego espiritual; porém a verdadeira capacidade mediúnica amadurece à medida que se reconhece como alma espiritual, dispensando vaidade e autoimportância.
Os ensinamentos de Krishna, especialmente no Śrīmad-Bhāgavatam e na Bhagavad-Gītā, orientam o médium a cultivar uma vida de serviço altruísta, desapego e devoção. A escuta constante de narrativas sagradas e a entrega das ações a Deus purificam a mente e abrem o coração para a verdadeira intuição espiritual. Krishna ensina que a mediunidade deve ser usada com ética, compaixão e sem desejos pessoais, como expressão de amor divino. O médium consciente busca ser instrumento do bem, sem apego aos frutos de sua ação.
Além disso, o autoconhecimento como alma eterna (jīva), a disciplina mental e a meditação devocional são essenciais para estabilizar e refinar suas percepções sutis. Krishna valoriza a humildade e a convivência com mestres e devotos sinceros, pois eles ajudam a evitar ilusões e vaidade espiritual. A verdadeira mediunidade, à luz dos ensinamentos de Krishna, é um caminho de união com o divino, guiado pela entrega, pureza e discernimento interior.
3 - Buda, Sidarta Gautama
Ensinamentos Morais do Budismo para a prática espiritual e de cura

Os ensinamentos de Buda revelam que o exercício mediúnico deve ser fundamentado em disciplina ética, clareza mental e intenção pura. O Nobre Caminho Óctuplo orienta o médium a manter fala, ação e pensamento corretos, com atenção plena e conduta equilibrada. Os preceitos morais — como não matar, não mentir e evitar intoxicações — protegem a mediunidade de distorções e preservam sua função compassiva. A motivação correta, sempre voltada ao bem do outro e à verdade, é a base da prática espiritual autêntica.
Buda também alerta sobre os perigos do orgulho e da ostentação ligados a poderes psíquicos, lembrando que a meta não é o fenômeno, mas a libertação interior. O médium deve cultivar generosidade, compaixão e desapego, mantendo vigilância sobre seus desejos e emoções. A prática mediúnica deve seguir o Caminho do Meio: nem rígida demais, nem permissiva — mas equilibrada e consciente. Valores como ahimsa, satya e dharma, vindos dos Vedas, reforçam a necessidade de uma vida íntegra, humilde e a serviço de todos os seres.
Embora os textos das Upanishads e dos Vedas não tratem diretamente de mediunidade, seus preceitos éticos também podem oferecer fundamentos relevantes.
Os princípios védicos, apontam para um perfil moral de médium centrado em: compaixão, humildade, integridade, sabedoria interior e serviço desinteressado.

1. Caminho Óctuplo: conduta moral e mental equilibrada
Os médiuns devem cultivar os preceitos essenciais do Nobre Caminho Óctuplo, segundo o Tripitaka: compreensão correta, intenção correta, fala correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena e concentração correta.
Esses pilares garantem que o exercício mediúnico seja eticamente fundamentado, mentalmente disciplinado e espiritualmente equilibrado.

2. Conduta piedosa nos três níveis
Conforme o Bodhisattva:
Corpórea: abstenção de tirar a vida, roubar e conduta sexual imprópria;
Verbal: evitar mentira, calúnia, palavras duras ou conversa fútil;
Mental: não cultivar malícia, cobiça ou visões distorcidas.
Aplicado aos médiuns, isso implica usar suas faculdades com compaixão, honestidade e livre de desejos egoístas.

3. Preceitos básicos do Dhammapada / Sigālovāda Sutta
O Budismo estabelece os preceitos fundamentais:
não matar,
não roubar,
abster-se de conduta sexual imprópria,
não mentir,
e evitar embriaguez ou práticas que turvem a clareza mental.
Segundo o Sigālovāda Sutta, essas são “quatro contaminações de ação” a serem evitadas. Para os médiuns, isso simboliza a necessidade de pureza moral no uso da mediunidade.
4. Intenção correta antes de qualquer ação
Buda encoraja a reflexão ética no ensinamento que direciona a seu filho recém‑ordenado, Rāhula, a refletir antes, durante e depois de qualquer ação corporal, verbal ou mental, perguntando a si mesmo:
“Este ato que pretendo fazer será prejudicial para mim, para outros ou para ambos? Se sim, é uma ação não‑hábil, que causa sofrimento, e deve ser abandonada.” - (Ensinamentos de Buda no texto Ambalaṭṭhikā‑Rāhulovāda Sutta (Manuscrito de Nº 61)
Essa reflexão é parte de uma prática de vigilância e autoconhecimento que Buda indica para purificar a ação em três níveis (corpo, fala e mente), reforçando o discernimento ético e a responsabilidade moral. Mediunidade exige claro discernimento interior: a motivação deve ser altruísta, não ambição ou vaidade.

5. Domínio e alerta da mente
Os potenciais psíquicos (iddhi) podem surgir com meditação, mas devem ser vistos com cautela: Buda advertiu contra o uso de poderes para exibição, enriquecimento ou conversão. A verdadeira meta é a liberação (Nirvana), não habilidades paranormais. Assim, o médium deve evitar ostentação e manter foco na transformação do ser, não no poder.

6. Compaixão, generosidade e amor benevolente
O Mettā Sutta ensina a cultivar pensamento ilimitado de benevolência por todos os seres, como uma mãe protege seu filho. Valores como generosidade (dāna), paciência, equanimidade e equidade também são virtudes centrais nos preceitos budistas. Um médium deve operar com coração aberto e serviço genuíno aos necessitados.
7. Vida equilibrada: seguindo o Caminho do Meio

Buda enfatizou evitar extremos de ascetismo ou indulgência. Sua prática é de equilíbrio e moderação. Isso significa que o médium deve harmonizar suas responsabilidades médicas, espirituais e cotidianas sem excessos ou negligência.
8. Princípios dos Vedas e Upanishads: Dharma, autodomínio e não‑violência
Embora não lidem diretamente com mediunidade, os textos védicos recomendam:
seguir o dharma (ordem moral),
controlar os desejos e os sentidos,
cultivar satya (verdade), ahimsa (não-violência), compaixão e altruísmo.
São valores coerentes com a sobriedade e integridade esperadas de um médium.
9 - A Mediunidade à Luz de Jesus, Krishna e Buda: As Semelhanças e Diferenças

A prática mediúnica, embora não descrita com esse nome nas tradições de Jesus, Krishna ou Buda, pode ser compreendida à luz de seus ensinamentos éticos, espirituais e morais como vimos ao longo do texto.
Cada mestre espiritual oferece uma visão complementar sobre como lidar com dons sutis, colocando a ênfase na transformação interior e no serviço ao próximo. Apesar das diferenças culturais e filosóficas entre Cristianismo, Hinduísmo e Budismo, há convergência integradora em princípios essenciais que podem e devem orientar qualquer pessoa que atue como médium ou sensitivo.
Jesus valoriza a mediunidade como forma de serviço desinteressado e amoroso. Enfatiza o amor ao próximo, a humildade, a pureza de coração e a vigilância espiritual. Para Ele, o médium deve ser um servidor anônimo do bem, movido pela caridade e livre de orgulho ou desejo de lucro. A oração constante e o perdão também são chaves para manter-se conectado à luz divina. Jesus adverte contra a ostentação e reforça que o poder espiritual não é mérito próprio, mas dom de Deus — o médium é apenas um instrumento.
Krishna, nos textos como a Bhagavad-Gītā e o Śrīmad-Bhāgavatam, apresenta uma visão de mediunidade ancorada no Bhakti Yoga — o caminho da devoção. Ensina que toda ação deve ser feita sem apego aos frutos (nishkāma karma), como uma oferta ao divino. O médium, nesse contexto, é chamado a agir com disciplina mental, autoconhecimento e serviço altruísta. Krishna também valoriza a escuta espiritual (śravaṇa), o desapego e o contato com mestres autênticos, além de alertar contra o ego espiritual, que corrompe a sensibilidade psíquica.
Buda, por sua vez, oferece uma abordagem mais psicológica e ética da prática espiritual. Embora o Budismo não incentive o uso de habilidades paranormais (iddhis), reconhece que podem surgir naturalmente com meditação profunda. No entanto, alerta que elas não devem ser usadas para vaidade, comércio ou manipulação. O Caminho Óctuplo, os Cinco Preceitos e a prática da atenção plena são instrumentos para manter o médium ético, compassivo e equilibrado. A verdadeira meta, para Buda, não é desenvolver poderes, mas transcender o ego e alcançar a libertação.
Apesar das diferenças — como a centralidade do amor em Jesus, da entrega devocional em Krishna e do autodomínio em Buda —, os três mestres convergem ao ensinar que qualquer forma de espiritualidade deve ser praticada com ética, desapego, humildade e compaixão. Todos rejeitam o uso de dons espirituais para ganho pessoal, ilusão de poder ou manipulação.

Para o médium sincero, esses ensinamentos formam um guia luminoso que une o céu da devoção, a terra da ação correta e o silêncio profundo da consciência desperta.
Que a Luz da Grande Luz nos ilumine nesta caminhada de conhecimento e práticas mediúnicas, por amor a Deus e ao próximo.
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Amor, Luz e Paz Sempre!
Salve a Grande Luz!
Ruan Fernandes
Equipe Cantinho dos Anciãos
Referências:
BÍBLIA. Mateus 22:39‑40. Na Almeida Corrigida e Fiel (ACF). Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 2011. Disponível online em Bíblia Online.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 1. ed., Paris, 18 abr. 1857; 2. ed. rev., Paris, 18 mar. 1860. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Brasília: FEB, 2016.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores. Paris: 1861. Trad. Salvador Gentile. Araras, SP: IDE, edições diversas.
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Publicação original em Paris, 15 abr. 1864. Trad. Salvador Gentile. São Paulo: FEB (365. ed., 2015).
Śrīmad‑Bhāgavatam (Canto XI, Uddhava‑Gītā).
GORWACH, R. C. The Bhagavata Purana (Śrīmad‑Bhāgavatam), Canto XI.
Traduções clássicas como Swami Prabhupāda ou editoras acadêmicas indianas.
KRISHNA, Sri Kṛṣṇa, Bhagavad‑Gītā: versos sobre nishkāma‑karma, bhakti yoga (capítulos 2, 12 e 18).
[1] As Grandes Tradições das Escolas Místicas e Iniciáticas, como a Rosa-Cruz, a Maçonaria, o Hermetismo, o Gnosticismo e ordens esotéricas orientais e ocidentais, são correntes de conhecimento espiritual que transmitem ensinamentos simbólicos, éticos e filosóficos através de graus ou iniciações. Elas buscam o autoconhecimento, a purificação interior e a união com o divino, guiando o adepto por um caminho de transformação pessoal. Suas raízes estão nas antigas religiões, nos mistérios egípcios, gregos, judaicos (como a Cabala) e cristãos esotéricos. Valorizam a tradição oral, os rituais e o estudo disciplinado como formas de despertar a consciência. Embora distintas entre si, convergem em princípios como fraternidade, verdade, liberdade interior e serviço à humanidade. São caminhos iniciáticos reservados àqueles que buscam sabedoria além da fé dogmática.
[2] As līlās (ou lilas) de Krishna são as narrativas míticas e devocionais que descrevem os feitos divinos e amorosos de Sri Krishna, especialmente durante sua infância e juventude. O termo "līlā" em sânscrito significa literalmente “jogo”, “brincadeira divina” ou “passatempo cósmico”, e expressa a ideia de que Deus, sendo plenamente livre e perfeito, atua no mundo por pura alegria, compaixão e amor — não por necessidade ou obrigação.
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