LAOZI: O Mestre atemporal do TAO
- Ruan Fernandes da Silva

- 23 de out.
- 14 min de leitura
LAOZI: O MESTRE ATEMPORAL DO TAO (DAO - (道))
– FILOSOFIA, TRADIÇÃO E ETERNIDADE –

老子與道德經
(Lǎozǐ yǔ Dàodéjīng)
Introdução

Nos confins silenciosos do ocidente da China antiga, onde as montanhas se erguem como pilares entre o Céu e a Terra, uma figura solitária se move com a lentidão de quem carrega o peso de uma era.
Montado em um búfalo negro — símbolo da força serena e da entrega ao ciclo da natureza — o arquivista Lǐ Ěr (Mestre Laozi) da corte da Dinastia Zhou, desiludido com a corrupção do governo, abandona sua vida mundana e parti para o oeste montado em um búfalo.
O vento sopra com presságios. Os bambus curvam-se em reverência. Não se trata apenas da travessia de um homem: trata-se da passagem de um mundo.

O velho mestre Laozi aproxima-se do Passo de Hangu.
O guarda da fronteira, Yin Xi, sente em seus ossos o chamado do Céu. Com olhos atentos, reconhece naquela presença discreta e profunda algo que ultrapassa a carne e o nome.
Com humildade, ajoelha-se e suplica:
“Não partas sem deixar tua sabedoria entre nós”.
Laozi, em silêncio, observa o céu, a terra, o fluxo do Dao que permeia todas as coisas.
Ele não veio para ficar — mas tampouco deseja levar consigo o que pertence ao mundo.

O Mestre Laozi retira-se então por três dias. Recolhe-se ao âmago do não-ser. E ao retornar, entrega nas mãos do soldado do Portão de Hangu, Yin Xi um pergaminho curto, dividido em dois livros:
O Dao De Jing (道德经)
Um tratado de setenta e poucos capítulos, escrito em versos densos como névoa matinal, leves como folhas sobre a água.
Nesses escritos repousa o equilíbrio do Yin e do Yang, a harmonia do Feng Shui entre Céu, Terra e Homem, e o segredo da não-ação (无为, wu wei), não como passividade, mas como a arte suprema de agir segundo os desígnios invisíveis do Dao.

Daquele encontro, o velho mestre parte e nunca mais será visto. Mas o que ele deixa para trás não é apenas um texto — é um legado ontológico, uma bússola moral para as gerações futuras, uma fonte inesgotável de sabedoria atemporal. Como o próprio Dao que ele descreve:
Sua ausência é uma presença. Seu silêncio, um ensinamento. Sua partida, uma semente plantada no solo do tempo.
Ao longo dos séculos, reis e camponeses, monges e generais, poetas e governantes beberiam daquela fonte. O Dao De Jing tornar-se-ia não apenas um dos pilares da filosofia chinesa, mas uma escritura viva, capaz de atravessar dinastias, resistir ao fogo das guerras, e florescer nos desertos do espírito moderno.
Este artigo tem como propósito resgatar, interpretar e honrar essa figura que, mais do que um homem, tornou-se um princípio ativo no tecido invisível da cultura humana. A partir do episódio arquetípico de sua travessia no Passo de Hangu, exploraremos os contornos históricos, filosóficos e mitológicos de Lǐ Ěr (Mestre Laozi) — não apenas como autor de um texto, mas como encarnação do Tao (Dao) em suas múltiplas expressões: sabedoria silenciosa, crítica política, presença divina, arquétipo de mestre e símbolo de eternidade.
A investigação e pesquisa do nosso site Cantinho dos Anciãos se sustenta em fontes clássicas e estudos contemporâneos, como os relatos de Sima Qian, as interpretações de D. C. Lau, Isabelle Robinet e Russell Kirkland, e em diálogos com os princípios cósmicos do taoismo. Propõe-se que Mestre Laozi seja compreendido como um bem além das culturas e imaterial, um ponto de convergência entre o visível e o invisível, o tempo e a intemporalidade, o mundo manifesto e o mistério.
Se, como diz o Tao Te Ching (Dao De Jing), “o nome que pode ser nomeado não é o nome eterno”, então Mestre Laozi é o nome sem nome que continua ecoando nas margens da história, tão presente quanto o vento, tão sutil quanto o Tao (Dao).
1. A figura de Lǐ Ěr (Mestre Laozi) na História

A figura de Lǐ Ěr (Mestre Laozi) é uma das mais enigmáticas e debatidas de toda a tradição filosófica chinesa.
O nome “Laozi” (老子), que significa literalmente “Velho Mestre”, pode não se referir a um nome próprio, mas a um título honorífico.
Ao longo dos séculos, estudiosos têm questionado se ele foi um indivíduo histórico real ou uma figura simbólica composta por diversos autores e tradições.
O primeiro relato biográfico conhecido sobre Laozi aparece na obra Shiji (《史记》), escrita por Sima Qian no século I a.C.
Segundo o historiador, Laozi teria nascido no estado de Chu, na atual província de Henan, durante o período da dinastia Zhou (aproximadamente entre os séculos VI e V a.C.).

Seu nome de nascimento seria Lǐ Ěr (李耳), e ele teria ocupado o cargo de guardião dos arquivos imperiais da corte Zhou.
Essa posição teria lhe proporcionado contato com os textos clássicos e saberes antigos, o que explicaria a profundidade filosófica de suas ideias (SIMA QIAN, 2008, p. 254).
Contudo, os próprios relatos de Sima Qian já apresentam divergências e incertezas.
O autor menciona versões distintas sobre Laozi, inclusive uma que o relaciona a um astrólogo de nome Lao Dan (老聃), e outra que sugere que ele teria vivido mais de 160 anos.
Essa multiplicidade de versões abre espaço para a hipótese de que “Laozi” não tenha sido uma única pessoa, mas uma construção mítica ou literária usada para reunir uma série de ideias circulantes na época.

De acordo com famoso tradutor e sinólogo Lau Din-cheuk (2003), uma das maiores autoridades na tradução e interpretação do Dao De Jing, é possível que o texto não tenha sido escrito por um único autor, mas sim compilado a partir de tradições orais e fragmentos de escritos de diferentes mestres taoistas.
O estilo aforístico da obra, a ausência de uma linha argumentativa contínua e o uso de paradoxos reforçam essa possibilidade.
Lau observa que “o Daoísmo não começa com um indivíduo, mas com uma atitude, um modo de pensar, que foi gradualmente cristalizado em torno da figura lendária de Laozi” (LAU, 2003, p. 14).

A dificuldade de se comprovar a existência histórica de Laozi, entretanto, não diminui sua importância filosófica. Pelo contrário, contribui para sua aura de mistério e profundidade atemporal. Sua imagem passa a representar não apenas um sábio da Antiguidade, mas o arquétipo do mestre que se retira do mundo, que ensina pelo silêncio e que transmite o saber por meio da não-afirmação, ou seja, da abertura ao indizível — princípios fundamentais do pensamento taoista.
No contexto da China antiga, isso tem implicações políticas e existenciais. Como argumenta Benjamin Hoff (1992), a ideia de um mestre que rejeita o poder, recusa as honrarias da corte e prefere desaparecer para viver em harmonia com o Dao serve como crítica simbólica às estruturas de poder opressivas, valorizando a humildade e a naturalidade como virtudes superiores.
Além disso, estudiosos modernos como Russell Kirkland (2004) defendem que a figura de Laozi foi apropriada por diversas correntes e escolas ao longo da história chinesa — filosóficas, religiosas e políticas — para legitimar doutrinas e práticas distintas. Kirkland afirma que “Laozi tornou-se um recipiente simbólico: cada geração o recriou conforme suas necessidades espirituais e culturais” (KIRKLAND, 2004, p. 78).
Portanto, ao buscar entender Laozi “historicamente”, é necessário aceitar a ambiguidade e a multiplicidade como características centrais de sua figura. Se sua existência factual é incerta, sua presença simbólica é indiscutível — e é ela que molda o legado do taoismo até os dias atuais.
2. Contos e Lendas: Laozi além do tempo

Enquanto a história tenta delimitar os contornos de Laozi como figura real, a tradição popular, mitológica e espiritual expande sua presença para muito além dos limites temporais. A multiplicidade de contos ligados a sua figura revela não apenas a riqueza da cultura oral chinesa, mas também a profundidade simbólica de um mestre que ultrapassa as categorias de nascimento, vida e morte. Essas histórias oferecem uma via de acesso à compreensão filosófica e espiritual do Dao — não pelo argumento racional, mas pelo imaginário e pelo mistério.
2.1 Nascimento extraordinário
Um dos contos mais antigos e simbólicos afirma que Laozi nasceu após uma gestação de oitenta e um anos no ventre de sua mãe, e que ao nascer, tinha cabelos brancos e uma aparência de velho. Daí o nome “Velho Mestre” (Laozi). Esse mito pode ser lido como uma metáfora da sabedoria inata: Laozi não se tornou sábio com o tempo — ele já nasceu pleno de conhecimento.
Filosoficamente, esse conto expressa o princípio taoista da anterioridade do Dao: aquilo que é mais profundo e verdadeiro não surge com o tempo, mas precede o tempo. O nascimento tardio simboliza a eternidade silenciosa do Dao, que aguarda o momento propício (ziran) para se manifestar.
“[...] o Dao produz todas as coisas e permanece em silêncio. Ele nutre, mas não reivindica posse.”
(Dao De Jing, cap. 34)
2.2 A partida rumo ao Oeste e o retorno cíclico

Além do episódio já narrado no encontro com Yin Xi, outras versões populares afirmam que Laozi, ao partir rumo ao Oeste, não desapareceu, mas transcendeu.
Algumas tradições daoistas sustentam que ele atravessou as fronteiras da China e fundou novas escolas espirituais no Ocidente, sendo às vezes identificado com figuras como Buda ou mesmo Pitágoras, em tentativas sincréticas de aproximar doutrinas.
Embora improváveis historicamente, essas narrativas apontam para o caráter transcultural e eternamente renovável do ensinamento de Laozi.
Elas refletem a ideia de que o verdadeiro mestre não pertence a um povo ou época, mas representa um elo com o princípio universal do Dao, que se manifesta em diferentes tradições sob diferentes nomes.
2.3 O Huahujing e a transmigração do mestre

Outro texto misterioso ligado a Laozi é o Huahujing (化胡经), um escrito posterior atribuído a ele, no qual se afirma que Laozi teria ido ao Oeste e convertido os bárbaros (hu 胡), sendo interpretado como o verdadeiro mestre do Buda.
Essa obra foi rejeitada pelo budismo e classificada como apócrifa por vários estudiosos, mas teve papel importante no contexto das disputas doutrinárias entre taoistas e budistas na China medieval.
Apesar de controverso, o Huahujing nos revela como Laozi foi, ao longo dos séculos, utilizado para afirmar a supremacia do Dao frente a outras escolas espirituais. Sua imagem, assim, deixa de ser apenas filosófica e se torna política e religiosa, sendo invocada para legitimar narrativas de identidade cultural chinesa diante de influências externas.
“O mestre não pertence a uma única era. Ele retorna sempre que o Dao está prestes a se perder.” (Huahujing, cap. 3, trad. livre)
2.4 Laozi como manifestação divina

Em várias correntes do taoismo religioso (道教, daojiao), Laozi é identificado como uma manifestação do próprio Dao em forma humana.
Ele é adorado como Taishang Laojun (太上老君), o “Senhor Supremo”, e integra a tríade sagrada do taoismo celeste (三清, Sanqing).
Nessa concepção, Laozi não é apenas um sábio, mas um avatar cósmico, enviado à Terra em momentos de crise para restaurar a ordem natural.
Essa transformação do mestre em divindade aponta para uma mudança na maneira como a sabedoria é percebida: de algo transmitido por um professor humano, passa a ser revelada por uma instância supra-humana. Trata-se de um processo análogo ao que ocorreu em muitas tradições religiosas com figuras como Krishna, Buda e Jesus — o mestre se torna logos, verbo, manifestação sagrada.
3. Laozi nas Escolas Taoistas

A figura de Laozi ultrapassou rapidamente os limites do pensamento filosófico para se tornar um símbolo central de múltiplas vertentes do taoismo.
Ao longo da história chinesa, sua imagem foi apropriada, reinterpretada e até divinizada por diferentes correntes — cada uma enfatizando aspectos específicos de sua suposta vida e ensinamento.
Essas apropriações não apenas demonstram a fluidez da tradição taoista, mas também revelam a maleabilidade simbólica de Laozi, que se molda às necessidades espirituais e políticas de cada época.
3.1 O Laozi do Daoismo Filosófico (道家 – Daojia)
A tradição chamada de Daojia, ou taoismo filosófico, é a vertente mais conhecida no Ocidente, particularmente por meio da leitura do Dao De Jing. Nessa escola, Laozi é visto como um sábio que propôs um modo de vida alinhado ao fluxo natural do universo (Dao 道), através do princípio do wu wei (无为), geralmente traduzido como “não ação” ou “ação sem esforço”.
Neste contexto, Laozi é compreendido como um mestre do paradoxo e da humildade, que ensina a evitar a rigidez da razão discursiva e a confiar na espontaneidade da natureza. O ideal político que emerge dessa filosofia é o do governo pelo não-governo: o melhor governante é aquele que interfere o mínimo possível, permitindo que a ordem surja de forma orgânica.
“O governante sábio é como a sombra: está presente, mas não se impõe.”
(Dao De Jing, cap. 17)
Essa leitura, porém, é fruto da sistematização de textos atribuídos a Laozi e Zhuangzi, e não necessariamente representa uma escola unificada na Antiguidade. Como observa Roger Ames (1998), o “taoismo filosófico” é uma construção moderna, frequentemente influenciada por categorias ocidentais de filosofia, que não refletem com precisão a fluidez do pensamento chinês clássico.
3.2 O Laozi do Daoismo Religioso (道教 – Daojiao)

A partir do século II d.C., Laozi começa a ser cultuado como uma entidade divina nas escolas do Daojiao, ou taoismo religioso.
Ele passa a ser identificado com Taishang Laojun (太上老君), o “Altíssimo Senhor Lao”, considerado uma das três puras manifestações cósmicas (Sanqing 三清) — ao lado de Yuanshi Tianzun e Lingbao Tianzun.
Nessa vertente, Laozi não apenas ensina o Dao: ele é o Dao encarnado. Sua presença é invocada em rituais de purificação, alquimia interior e práticas de longevidade. Ele se torna um transmissor de escrituras reveladas, como o Taishang Ganying Pian e textos litúrgicos usados por sacerdotes taoistas.
A divinização de Laozi também serviu como resposta à crescente influência do budismo na China. Em contextos históricos de competição doutrinária, a imagem de Laozi foi utilizada como símbolo de identidade cultural e espiritual chinesa, afirmando sua precedência e profundidade metafísica.
“O Mestre Lao não nasceu, não morrerá. Ele surge onde o Dao se faz necessário.” (Fonte litúrgica taoista anônima, séc. III)
3.3 A Escola Huang-Lao (黄老学派)

Uma vertente menos conhecida, mas extremamente influente na política da dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.), é a chamada Escola Huang-Lao (黄老).
Esta corrente combina os ensinamentos de Laozi com a figura mítica de Huangdi, o Imperador Amarelo — símbolo da autoridade política e da ordem celestial.
O pensamento Huang-Lao promoveu uma síntese entre governo eficaz e princípios do Dao. Para essa escola, o governante ideal é aquele que governa de acordo com o Dao, respeitando os ciclos da natureza e intervindo apenas quando necessário. Essa filosofia foi adotada nos primeiros anos da dinastia Han como base administrativa e moral do império.
Como destaca Mark Csikszentmihalyi (2006), “o sucesso inicial da dinastia Han deve-se, em grande parte, à aplicação prática dos princípios Huang-Lao, que ofereciam um modelo de governo flexível, adaptativo e não coercitivo” (p. 87).
3.4 Releituras contemporâneas

Nos séculos XIX e XX, com o surgimento do interesse ocidental pela filosofia oriental, Laozi passou a ser lido por filósofos, psicólogos e espiritualistas sob novas lentes.
Jung viu nele um mestre do inconsciente; Heidegger reconheceu paralelos com a noção de Ser; e movimentos da Nova Era o absorveram como símbolo de espiritualidade não institucionalizada.
Ao mesmo tempo, sinólogos contemporâneos alertam contra a “ocidentalização” do pensamento de Laozi, enfatizando a necessidade de respeitar sua inserção original no contexto chinês, suas nuances linguísticas e a indissociabilidade entre texto, prática e cosmologia.
Conclusão

A trajetória do Mestre Laozi, real ou lendária, conduz-nos inevitavelmente a um terreno onde história, mito e filosofia se entrelaçam de modo indissociável.
Sua presença discreta nos registros históricos contrasta com a vastidão de significados e interpretações que sua figura passou a carregar ao longo dos séculos.
De um possível arquivista da corte Zhou, passou a ser visto como um sábio iluminado, um mestre silencioso, um profeta do Dao, um avatar divino — e, por fim, um arquétipo universal.
Ao iniciar este artigo com o conto do encontro entre Laozi e Yin Xi no Passo de Hangu, apontamos para um rito de transição que marca o nascimento de um conhecimento atemporal.

Esse episódio não representa apenas a entrega de um texto filosófico, mas o ato simbólico de semear sabedoria no mundo, através do desaparecimento do mestre.
A mensagem transmitida é clara: o verdadeiro ensinamento é aquele que permanece mesmo após o silêncio do seu transmissor.
Nas escolas filosóficas, Laozi encarna o ideal do sábio que observa o mundo sem julgamentos, que age sem agir e governa sem dominar.
Nas correntes religiosas, ele é divinizado como manifestação do Dao, atuando como elo entre os céus e os homens. Na política, sua imagem foi usada para justificar uma forma de governo mais sutil, menos coercitiva, mais harmônica com as leis naturais. E, na cultura popular, Laozi renasce em cada conto, cada metáfora, cada reinterpretação — sinal de que seu ensinamento não está preso ao tempo, mas flui como o próprio Dao.
Essa pluralidade de imagens não enfraquece sua presença — ao contrário, a fortalece. Como o Dao descrito em sua obra, Mestre Laozi é tudo e não é nada, assume formas múltiplas sem se fixar em nenhuma.

É símbolo da sabedoria que não se exibe, da verdade que não se impõe, da força que não domina.
No mundo contemporâneo, marcado por crises ambientais, existenciais e políticas, o pensamento do Mestre Laozi ressurge como um antídoto à pressa, ao excesso e à arrogância.
Ele nos convida ao retorno ao simples, ao essencial, ao silêncio — à arte de viver conforme o ritmo do cosmos. Mais do que um filósofo da Antiguidade, Mestre Laozi é uma presença arquetípica, que ressoa sempre que a humanidade se vê diante da necessidade de reencontrar o caminho.
Assim, não importa se o Mestre Laozi viveu uma vida ou muitas, se foi um homem ou uma lenda, um autor ou uma tradição coletiva. O que importa é que sua sabedoria continua viva, fluindo discreta e profundamente no curso invisível das grandes transformações — como o Dao que ele tão bem descreveu, e que permanece sempre presente, ainda que ninguém o veja.
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Ruan Fernandes
Equipe Cantinho dos Anciãos
Referências:
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